terça-feira, 1 de outubro de 2013

Vítimas de agressão doméstica recuperam autoestima com novo sorriso


Você sabia que a cada quatro minutos uma mulher é vítima de agressão no Brasil? A Lei Maria da Penha (cujo objetivo é combater a violência contra a mulher), completou sete anos e, nesse período, a Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República já recebeu mais de três milhões de denúncias. Sem contar com as mulheres que sofrem agressão e que têm medo de denunciar. Sensbilizado com uma carta enviada pelo dentista Fábio Bibancos, da ONG Dentistas do Bem, Luciano Huck foi conhecer as histórias de Rosana Jorge e Jailda Gonçalves, que estão em um abrigo em São Paulo.


Rosana - de 43 anos, e mãe de sete filhos - e Jailda - de 33, mãe de três - são vítimas de violência doméstica. Elas perderam suas casas, foram humilhadas, e deixaram de se sentir bonitas por causa da covardia de seus maridos. Perderam, acima de tudo, a autoestima. No abrigo, Luciano foi recepcionado pela gerente Edwiges Chaves. Ela informou que no local tem 40 mulheres e 42 crianças. "Atendemos mulheres e crianças em vulnerabilidade social. Damos assistência às mulheres com ou sem filhos. São vários casos: violência doméstica, situação de abandono da família. O nosso trabalho é tentar mudar a história delas", explicou.



Rosana perdeu quase todos os dentes em agressões. "Meu marido batia em mim. Tive medo que ele batesse nos meus filhos e saí de casa. Vivi 13 anos com ele. Apanhei durante sete anos. Não me olho no espelho. Também não me alimento, só de sopa e café. Meu sonho é arrumar um emprego e sair daqui com os meus filhos", desabafou. Jailda revelou que saiu de casa fugida. "Fugi porque ele me ameaçava. Fomos casados por nove anos. Ele não aceitava a separação. Brigamos, caí, quebrei os dentes da frente. Não uso espelho, me acho uma pessoa feia. E também não tiro fotos”, disse.

Depois de ouvir pessoalmente as histórias dessas duas guerreiras, Luciano, Fábio Bibancos e os Dentistas do Bem entraram em ação. "Vocês vão poder sorrir dignamente. Vou fazer com o meu máximo carinho", disse Fábio. Após dias de tratamento, ao se verem no espelho, muita emoção. Depois, no palco do Caldeirão, elas ainda estavam emocionadas. Mal conseguiram falar, mas afirmaram que estavam muito felizes. Jailda, cuja família é da Bahia e não vê a mãe há oito anos, ganhou mais um presentão. Ela foi para Feira de Santana reecontrar a mãe, Margarida, que não sabia da existência dos netos.

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