sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Procurada mulher que prostituía filha menor



Policiais da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV) procuram uma mulher de 46 anos acusada de prostituir a própria filha, menor de idade, em troca de drogas, bebidas alcoólicas e dinheiro. A acusada teve a prisão decretada pela Justiça por estupro de vulnerável, exploração sexual, maus tratos e abandono material depois que os agentes receberam uma denúncia falando da exploração a que a adolescente era submetida. Cinco homens acusados de pagar para fazer sexo com a adolescente foram presos nos bairros de Marechal Hermes e Piedade, na Zona Norte do Rio, na manhã desta quinta-feira. Outros dois estão sendo procurados.

O relato sobre a exploração sexual foi feito aos policiais da (DCAV) pela própria vítima. Os agentes consideraram o depoimento chocante. A jovem, hoje com 15 anos, contou que começou a ser prostituída pela mãe aos 9. Segundo a garota, foi nesta idade que a mãe vendeu sua virgindade por R$ 50 para o militar da reserva Alexandre Ítalo Oliveira Santos, o Alex, de 60 anos. Ele está sendo procurado pelos policiais.

Entre 2006 e 2011, a garota foi vendida a vários outros homens, até ser resgatada pela irmã mais velha, de 20 anos. Enquanto a filha mantinha relações sexuais com os homens, a mãe ficava em outros cômodo da casa, em Marechal Hermes, aguardando o pagamento. No depoimento, a adolescente disse uma frase que emocionou os policiais: “Não tive infância”. E contou que ela e seus sete irmãos passavam fome, porque a mãe usava todo o dinheiro para comprar bebidas e drogas.

No inquérito, o delegado Marcello Braga Maia, titular da DCAV, disse que a mãe recebia “gorjetas” em troca do sexo com a filha. Segundo o policial, ela submeteu a menina “aos caprichos mais sórdidos de abusos sexuais, aproveitando-se da ingenuidade, fragilidade, pureza de uma criança para envolvê-la com os suspeitos em troca de gorjetas.”

A menina deu aos agentes os nomes dos homens para quem a mãe a vendia. Foi assim que os policiais conseguiram identificar Humberto Ricardo Marsico Morelli Alves, o Maninho, de 58 anos; José Henrique Gomes, o Russo, de 63; David Macedo Gonçalves de Aquino, o Davi, de 56; José Belizário da Silva, o Dedé, de 79, e Celso Medeiros Barrientos, o Celso Protético, de 55. Todos foram presos nesta quinta, depois de a vítima tê-los reconhecido por foto.

Além de Alexandre Ítalo e da mãe da garota, está também sendo procurado George Correia Teteu, o Jorge, de 58 anos.



Fonte: O Globo

sábado, 23 de novembro de 2013

Petrópolis recebe projeto Mulher, Viver sem Violência


A cidade de Petrópolis será o primeiro município do Rio a contar com expansão do projeto Mulher, Viver sem Violência, da Secretaria Especial da Presidência de Políticas para Mulheres.

A responsável pela expansão pioneira no estado é a deputada federal e relatora da Lei Maria da Penha, Jandira Feghali (PcdoB/RJ), junto da ministra Eleonora Menicucci.

A campanha chegará à cidade em 2014, através da viabilização de um ônibus itinerante pra operar em toda a Região Serrana, promovendo atendimento de mulheres vítimas de violência doméstica. O polo da campanha será em Petrópolis, mas poderá também atender Teresópolis, Friburgo, Macuco e cidades vizinhas.

De acordo com Jandira, a proposta ganha forma com emenda parlamentar ao Orçamento da União no valor de R$ 500 mil: “A ideia é defender a cidadã que é vítima de violência doméstica e está distante de centros especializados de atendimento (delegacias e juizados especiais), muitos destes concentrados na capital. A viabilização de recursos ao ministério garantirá a instalação do ônibus na região com agilidade”.

De acordo com o Dossiê Mulher de 2013, divulgado neste ano pela Secretaria Estadual de Segurança Pública, o município de Petrópolis é um dos que mais concentram casos de violência contra a mulher no interior do estado. Os dados, de 2012, apontam a cidade de Campos, com 1.150 casos de ameaça à mulher, seguida de Volta Redonda (1.019 casos) e Petrópolis (926 vítimas).

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Rio assina acordo para combate à violência contra a mulher



Rio de Janeiro - O governo do estado aderiu hoje (12) ao Pacto Nacional de Combate à Violência contra a Mulher e vai integrar o programa do governo federal Mulher: Viver sem violência. A iniciativa prevê a implantação de duas unidades móveis para atendimento às mulheres vítimas de violência, principalmente no interior do estado. O investimento, de R$ 1,1 milhão, será feito pela Secretaria de Políticas para as Mulheres, da Presidência da República.

Os veículos são equipados para circular em áreas rurais, onde prestarão serviços de Justiça, segurança pública e atendimento psicossocial. Os ônibus contam com duas salas de atendimento, computadores com internet e serviços de impressão, geradores de energia, ar-condicionado, projetor externo para telão e copa e banheiros adaptados para a acessibilidade de pessoas com deficiência.

De acordo com a ministra Eleonora Menicucci, da Secretaria de Políticas para as Mulheres, o pacto tem o objetivo de articular o atendimento integral das vítimas por meio de serviços públicos de assistência social, abrigo e orientação para trabalho. "Sabemos que a região metropolitana é sempre privilegiada no atendimento às vítimas. Com esse pacto nós temos a intenção de interiorizar estes serviços para mulheres que não têm acesso à Justiça e acabar de vez por todas com essa impunidade", disse.

Para a secretária de Mulheres Trabalhadoras Rurais da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio de Janeiro, Elícia Santos, o medo de denunciar o parceiro é um dos principias fatores que geram a impunidade. "Estamos tentando mudar essa realidade a todo custo, mas, para isso, precisamos contar com a vontade de denunciar, temos que orientar as mulheres e mostrar para elas que o problema tem solução. Esse programa irá nos ajudar muito nesse sentido", afirmou.

O secretário de Estado de Assistência Social de Direitos Humanos, Zaqueu Teixeira, comentou os desafios que o Rio irá enfrentar com a adesão ao programa. "Será uma oportunidade de fazer diferente, não podemos permitir, com toda essa tecnologia e com o acesso às informações, que mulheres ainda sejam vítimas de violência".

De acordo com o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, o mapa de homicídios de mulheres de 2012 mostra que o estado ocupa a 21ª no número de assassinatos, e a capital, o 22º lugar. Entre os 100 municípios com maiores índices de mulheres mortas, cinco são fluminenses.

Com investimento total de R$ 305 milhões em todo país, a ação conta com um orçamento inicial de R$ 30 milhões para aquisição de 54 ônibus e mais R$ 10 milhões referentes à manutenção dos veículos que circularão no interior. A previsão é que em meados de 2014 todas as unidades estejam funcionando.

Fonte: Agência Brasil

Idoso preso por estupro


terça-feira, 5 de novembro de 2013

Estupros no Brasil crescem e superam número de homicídios, revela estudo



As estatísticas de segurança pública no Brasil apontam que, em 2012, os casos de estupro superaram os de homicídios dolosos (ou seja, com intenção de matar), com 50.617 ocorrências contra 47.136 assassinatos.

Os dados integram o 7º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, que será divulgado na cidade de São Paulo, nesta terça-feira (5), pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

De acordo com o levantamento, os dois crimes tiveram crescimento ano passado em relação a 2011. Entretanto, o percentual de alta foi maior entre os casos de estupro: em 2012, com as 50.617 ocorrências, foram 26,1 estupros por grupo de 100 mil habitantes -- 18,17% a mais que em relação a 2011, quanto a taxa era de 22,1.

Já os homicídios dolosos cresceram 7,8% em 2012 em relação a 2011, de modo que a taxa subiu de 22,5 mortes por grupo de 100 mil habitantes para 24,3 ano passado.

Segundo a pesquisa, os Estados com as maiores taxas de estupro para cada 100 mil habitantes foram Roraima, Rondônia e Santa Catarina. Já as taxas mais baixas se concentraram na Paraíba, no Rio Grande do Norte e em Minas Gerais.

Entre os Estados que lideram os casos de homicídios dolosos, no topo está Alagoas, com 58,2 mortes por grupo de 100 mil habitantes, mas no qual houve redução expressiva da taxa: 21,9% a menos que em 2011.

Por outro lado, o Amapá, que tem a menor taxa de morte por grupo de 100 mil habitantes, teve o maior aumento na taxa de homicídios ao passar de 3,4 mortes por grupo de 100 mil habitantes, em 2011, para 9,9 em 2012 --avanço de 193,9%.

Além do Amapá, as menores taxas de morte por grupo de 100 mil habitantes foram registradas em Santa Catarina (11,3), São Paulo (11,5), Roraima (13,2), Mato Grosso do Sul (14,9), Piauí (15,2) e Rio Grande do Sul (18,4).


Fonte: Uol