http://jornaloitaborai.com.br/2013_/geral/296-geral/2016-pelo-fim-da-violencia-contra-a-mulher.html
Pelo fim da violência contra a mulher
Manifestantes fizeram protesto pelo fim da violência contra a mulher, no interior do estado
Que a violência no estado do Rio de Janeiro (RJ) é um dos problemas mais lastimáveis que vive hoje, a população, não é novidade. Mas, nos últimos meses, a situação ultrapassou os limites do aceitável. De acordo com as estatística do Instituto de Segurança Pública (ISP), os casos de estupro, assaltos, desaparecimento de pessoas, roubos e furtos, tem aumentado de forma exacerbada, tanto na capital, como no interior do estado. Sem contar o medo que tem vivido crianças e jovens, ao sair das escolas. Até os pontos de ônibus se tornaram alvos críticos da falta de segurança.
Em Macaé, não é diferente. Apesar de bilionária, a "capital nacional do petróleo" pouco tem investido em segurança. Só em março, de acordo com as últimas estatísticas divulgadas pelo ISP, 11 casos de estupro foram registrados. No mesmo mês, 11 pessoas foram desaparecidas. Para uma cidade com pouco mais de 200 mil habitantes, os dados são assustadores. E, as maiores vítimas dessa violência, de acordo com a própria população, são as mulheres. Para traçar diretrizes em prol de coibir a violência contra a mulher no município, um grupo de amigos se uniu criando "O Grito das Mulheres".
O objetivo desta iniciativa foi solicitar ao governo municipal mais segurança e do governo estadual uma delegacia da mulher. O grupo, formado pelos militantes Carla Santana, Adriana Leal, Bruno Horta, Everson Braga e Francine Marcella, convocou à população para um manifesto realizado na tarde de quarta-feira (5), na Praça Veríssimo de Melo, centro. Munido de apitos e faixas, os manifestantes caminharam até calçadão. Todos vestiam camisa preta simbolizando indignação à violência.
Atualmente, outras jovens estão desaparecidas na cidade. "Nossa proposta é pedir aos gestores que Macaé em colaboração com o governo do estado implantem uma delegacia para mulheres. Hoje, existe uma Secretaria para Mulheres com um Núcleo de Atendimento. Mas, pela pouca divulgação desses trabalhos, a maioria das mulheres não sabem quem procurar e quais serviços são disponibilizados. A mulher precisa se sentir à vontade e segura. É necessário que todas tenham atendimento psicológico", destacou a idealizadora da iniciativa, Carla Santana.
A população parou para ouvir o "Grito das Mulheres". Vale ressaltar que foi reforçado o número de policiais nas ruas, esta semana, porque a cidade está sediando mais uma edição da feira "Brasil Offshore". No entanto, cabe ao governo dar início a medidas públicas emergenciais para melhorar a segurança durante o ano todo.