quarta-feira, 12 de junho de 2013

O Grito das Mulheres no Jornal O debate de Macaé

http://www.odebateon.com.br/site/noticia/detalhe/28464/grito-das-mulheres-marcha-em-direcao-a-camara

"Grito das Mulheres" marcha em direção à Câmara.

Na tarde de ontem (5), dezenas de pessoas caminharam pelas ruas do Centro da cidade, pedindo o fim da violência contra a mulher.

Em 06/06/2013 às 11h24

 

Por volta das 18 horas, o grupo deu as mãos e dedicou um minuto de silêncio às vítimas da violência na cidade. Por volta das 18 horas, o grupo deu as mãos e dedicou um minuto de silêncio às vítimas da violência na cidade.
Na tarde de ontem (5), dezenas de pessoas caminharam pelas ruas do Centro da cidade, em direção à Câmara dos Vereadores, em um manifesto pedindo o fim da violência da mulher. Vestidas de preto, com faixas, cartazes e apitos, pretendiam chamar a atenção da população e das autoridades políticas e de segurança pública sobre a violência doméstica e o abuso sexual.

Entre os que estavam no grupo, pessoas com histórias tristes e que resolveram se agarrar a uma causa, para que a vida não perdesse o sentido. Este é o caso de Maria da Penha. No ano passado, seu filho e seu sobrinho, ambos com 23 anos, foram assassinados ao serem confundidos com traficantes por criminosos de uma facção rival.
O crime aconteceu na Ajuda, enquanto os dois jovens estavam voltando para casa depois de terem ido tomar banho na casa de uma tia, por conta da falta d’água no bairro. Apesar da morte dos seus familiares não se assimilar às causas do manifesto, Maria da Penha contou que recebeu o convite e fez questão de estar presente ao ato para dar forças a todos os que, como ela, passaram por uma situação de violência na cidade.

"Meu filho era um menino bom, muito apegado a mim. Ele trabalhava embarcado e nas horas vagas ajudava os vizinhos com serviços de informática, sem cobrar nada, porque sabia que ninguém teria condições de pagá-lo. Ele e meu sobrinho morreram no meio da rua, um local escuro, sem iluminação, sem policiamento. Vários políticos estiveram em nossa rua prometendo melhorias. Seis meses se passaram e nada mudou. A única coisa que mudou foi o fato de eu não ter mais meu filho. Estou aqui para dar forças a todas as pessoas que assim como eu, perderam alguém para a violência", disse.
Entre as reivindicações do movimento estão a implantação de uma Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (DEAM), e a agilidade nas investigações de crimes de abuso sexual e violência contra a mulher.

Em frente à Câmara Municipal, por volta das 18 horas, o grupo deu as mãos e dedicou um minuto de silêncio a todas as vítimas da violência na cidade.
Autor: Bertha Muniz - berthamuniz@odebateon.com.br

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