Sete jurados decidirão o destino de
Sandro Dota; dezoito testemunhas foram convocadas.
Acusado de matar a estudante Bianca Consoli em
setembro de 2011, o motoboy Sandro Dota começa a ser julgado nesta terça-feira
(23), no Fórum Criminal da Barra Funda, na zona Oeste da capital paulista.
Dota, que irá a júri popular a partir das 12h30, responde por homicídio
triplamente qualificado (meio cruel, motivo fútil e recurso que dificultou a
defesa da vítima) e por estupro.
Ao todo, 18 testemunhas foram convocadas: cinco de
acusação, oito de defesa, duas comuns e três do juízo. Entre elas, há quatro
peritos, segundo informação do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo). O
plenário quatro, onde acontecerá o julgamento, foi reservado para cinco dias.
Os trabalhos serão conduzidos pela juíza Fernanda
Afonso de Almeida, da 4ª Vara do Júri. A acusação ficará por conta do promotor
Nelson dos Santos Pereira Júnior. O motoboy é defendido pelo advogado Ricardo
Martins.
Como será?
Antes de começar o julgamento, uma escrevente de
sala vai sortear sete jurados entre os 35 convocados pela Justiça de São Paulo.
Tanto a acusação quanto a defesa podem recusar, por três vezes, o jurado
sorteado. Por fim, os escolhidos vão integrar o Conselho de Sentença, que será
instalado pela juíza.
As primeiras testemunhas ouvidas serão
as de acusação. Na sequência, acontecem os depoimentos das de defesa.
Depois desta etapa, chega o momento do interrogatório do réu, último ato processual antes dos debates, que duram uma hora e meia. Se o promotor decidir pela réplica, a defesa terá direito a tréplica. Cada lado dispõe de uma hora.
Depois desta etapa, chega o momento do interrogatório do réu, último ato processual antes dos debates, que duram uma hora e meia. Se o promotor decidir pela réplica, a defesa terá direito a tréplica. Cada lado dispõe de uma hora.
Ao final, os jurados se reúnem em uma sala secreta
para decidir se Sandro Dota é inocente ou não. Depois da votação, a juíza estipula
a pena do réu e dá sua sentença final.
O crime
O corpo da universitária Bianca Consoli, 19 anos,
foi achado pela mãe dela, caído próximo à porta de saída de casa, na zona leste
de São Paulo, no dia 13 de setembro de 2011. Segundo a polícia, a jovem foi
atacada quando havia acabado de tomar banho e se preparava para ir à academia.
Na cama, os investigadores encontraram a toalha
usada pela jovem, ainda molhada. A garota teria reagido à presença do criminoso
e começado uma luta escada abaixo. Foram localizadas mechas de cabelo pelos
degraus. Dentro da garganta da jovem, a polícia encontrou uma sacola plástica,
usada pelo autor para asfixiar a estudante.
As investigações apontaram o motoboy
Sandro Dota, cunhado da vítima, como o suposto autor do crime. Ele está preso desde o dia
12 de dezembro de 2011.
O motoboy nega as acusações e se diz
inocente. Em julho do ano passado, ele foi para o
Complexo Penitenciário de Tremembé, a 147 km de São
Paulo. Dota alegou ter sofrido ameaças de morte no Centro de Detenção
Provisória 3 de Pinheiros, na zona oeste da capital paulista, onde estava. Por
este motivo, a Justiça teria determinado sua transferência.
Em agosto do ano
passado, a acusação de estupro foi incluída no processo contra Sandro Dota. A defesa do
réu, entretanto, nega o crime e diz que o laudo do legista é inconclusivo. Para
a polícia, o crime teve motivação sexual.
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