sexta-feira, 19 de julho de 2013

Tribunal do Júri marca julgamento de Sandro Dota.

  O juiz Domingos Parra Neto, da 4ª Vara do Júri da Capital, designou, para o dia 23 de julho o julgamento Sandro Dota. Ele vai a júri popular pelo assassinato e estupro da cunhada Bianca Consoli, ocorrido em 13 de setembro de 2011. O juiz Domingos Parra Neto,  aceitou as três qualificadoras do Ministério Público para o homicídio – motivo torpe, recurso que impossibilitou a defesa da vítima e meio cruel – e renovou a prisão preventiva do réu. . A sessão está prevista para ter início às 12h30, no Plenário 13 do Fórum da Barra Funda, zona oeste da capital.

Bianca, universitária de 19 anos, foi asfixiada com uma sacola plástica enfiada na garganta, dentro de sua casa, na Zona Leste. Ela também teve um dedo fraturado e lesões na barriga. Posteriormente, o laudo da perícia constatou a violência sexual. Desde o início, a família dizia que o crime havia sido praticado por conhecido, pois não houve arrombamento e nada foi roubado. Sandro nega. Porém, as cinco pessoas investigadas pela polícia, ele foi o único que se negou a fornecer material genético para a perícia. A investigação da polícia aponta que Sandro Dota telefonou para a cabeleireira Dayane Consoli após matar a irmã dela.
 Através de uma calça usada pelo suspeito no dia do crime, a polícia conseguiu realizar o exame de DNA, compatível aos pedaços de pele que estavam embaixo da unha de Bianca. Além da perícia, a polícia conta com o depoimento de três testemunhas que têm as identidades protegidas e o rastreamento telefônico comprovando que Dota esteve no local onde  a universitária foi morta.
JUSTIÇA : “Agora acredito que a justiça começa a ser feita. Eu estou muito feliz. O  Sandro ria da gente, dizendo que tudo ia acabar em pizza. Agora, ele vê que não é bem assim. Diante da nossa dor, a Justiça pode demorar para dar uma resposta, mas funciona”, comemora a mãe de Bianca, Marta Consoli.
Para Marta, o fato de o juiz ter renovado a prisão preventiva de Sandro a deixa mais segura. “Tinha medo de que saísse e fizesse alguma coisa à minha outra filha, Daiana, ou aos meus netos”, diz. Daiana chegou a ficar do lado do marido, jurando que ele era inocente, mas ao conhecer os laudos da perícia mudou de opinião e agora quer vê-lo condenado. Recentemente, ela obteve o divórcio sem o consentimento dele.
O advogado da família, Cristiano Medina, diz que Sandro é uma pessoa de extrema periculosidade e psicopata. “Não foi crime passional, ele premeditou tudo e executou de forma cruel. Sandro Dota o retrato de um verdadeiro Psicopata”, afirmou
Defesa diz que não deve recorrer da decisão
O advogado Ricardo Martins afirma que a defesa deve abrir mão do direito de recorrer da decisão do   juiz Domingos Parra Neto. “O Sandro está cansado e quer provar logo a verdade sobre os fatos. Se nós recorrermos, a espera será ainda mais longa.”
Ricardo Martins  afirma não haver provas nos autos contra o seu cliente. “A investigação foi muito superficial, não se observou outras possibilidades.”
Segundo diz, há informações conflitantes. Uma delas é em relação à quebra de sigilo telefônico. Dois laudos da mesma operadora mostram ligações diferentes no mesmo dia e horário. Ele alega ainda que a perita não confirma o estupro. “Ela diz que há lesões compatíveis com introdução de agente contundente e resultado negativo para esperma.”

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